Essa é uma pergunta comum feita não apenas por pais preocupados, mas também por psicólogos, escolas, entidades de saúde e até governos. Esse tema tornou-se especialmente pertinente nos últimos anos com o isolamento social. Os dispositivos eletrônicos (smartphones, tablets e computadores) se tornaram vitais para a manutenção das práticas pedagógicas da escola, para o momento de lazer das crianças e até mesmo para a socialização com amigos e família.
Uma pesquisa recente realizada com famílias brasileiras revela que a pandemia aumentou o acesso de smartphone por crianças. Mais ainda, os hábitos adquiridos durante a pandemia mantem-se presentes até o momento. Essa outra pesquisa indica que as mensagens trocadas por crianças até 13 anos em grupos de WhatsApp são hoje 5 vezes maiores do que era no período anterior à pandemia. Esse multiplicador aumenta para 7,5 para crianças acima de 13 anos de idade.
O aumento foi expressivo em um período de tempo tão curto. Um relatório recente da CDC americana apresentou a média diária de consumo de telas por faixa etária. Os números apresentados abaixo incluem todas as telas (smartphones, tablets, videogames, TV, e computadores), mas não incluem o tempo gasto em telas para trabalhos escolares.
8-10 anos de idade: 6 horas por dia
11-14 anos de idade: 9 horas por dia
É interessante perceber que ao mesmo que aconteceu aumento no consumo de telas pelas crianças brasileiras, os pais brasileiros diminuíram o controle sobre essa atividade. A proporção de pais que estipulam um limite máximo de tempo de uso por dia do smartphone para os filhos caiu de 72% em 2020 para 65% em 2021.
Qual o tempo limite recomendado?
Diante desse cenário surge a pergunta. Qual o tempo recomendado para uma criança de 7 anos de idade? E para uma criança de 10 anos de idade? E mesmo para uma criança de 2 ou 3 anos de idade, qual tempo de tela é considerado saudável?
Não há um consenso sobre o tema ainda. Há especialistas que sugerem a determinação de um tempo máximo, especialmente para bebês e crianças pequenas. Nesse grupo, as sugestões de tempo de tela tendem a seguir o padrão abaixo:
Crianças de 2 a 5 anos
A OMS recomenda o consumo de até 1 hora diária de tela.
A American Academy of Child and Adolescent Psychiatry recomenda o consumo de 1 hora diária durante dias de semana e 3 horas durante os finais de semana.
Crianças com 6+ anos
A recomendação geral aqui é o uso de 2 horas por dia, com exceção do uso para atividades escolares. Nesse caso, o tempo total de tela pode superar 2 horas diárias.
Por outro lado, há também pesquisas indicando que é mais importante limitar os períodos de tempo que as crianças passam na frente das telas do que se preocupar com a quantidade total a cada dia. A explicação aqui é que as pausas frequentes impedem que o cérebro fique superestimulado de maneira que as crianças conseguem desligar o dispositivo eletrônico sem estresse.
O pesquisador e professor Larry Rosen, da Universidade da California, sugere um limite de 40 minutos e depois uma hora de intervalo para crianças com menos de 10 anos de idade. Já para crianças com 10+ anos, a sugestão é para que o tempo de tela seja de uma hora seguida de uma hora de folga.
Glen Steele, também professor universitário, segue a mesma linha. Ele cita que “o objetivo não é tirar as telas, mas ajudar os pais a gerenciar o tempo nas telas e a frequência dos intervalos”, diz ele. "Pausas mais frequentes são o passo nº 1 para auxiliar neste processo." Essa é também uma recomendação da própria OMS.
Conclusão
O velho ditado dito por nossos pais e avôs para consumo de TV, banho de sol, chocolate e salgadinho parece se aplicar aqui também: a diferença entre remédio e veneno está na dose.
Em outras palavras, as telas possuem um papel importante na nossa sociedade. Elas podem estimular aspectos positivos relacionados ao desenvolvimento cognitivo, à imaginação e ao uso da linguagem. As telas também são importantes para a prática pedagógica dentro e fora da escola.
Como visto, é importante estabelecer algum tipo de controle sobre o isso de telas. A principal prática recomendada é estabelecer pausas frequentes no uso de telas. Essa é uma recomendação mais direcionada para as famílias.
Do ponto de vista pedagógico, a recomendação geral para profissionais da educação é a aplicação da tela de maneira saudável, monitorada e com propósito. A imagem abaixo apresenta as principais práticas recomendada para o uso de telas e jogos digitais dentro do contexto educacional.
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